O Ultra HD, ou 4K tem um detalhe de imagem quatro vezes superior ao atual HD O CES 2015 de Las Vegas marcou o tiro de partida para a corrida à televisão de ultra alta definição, o 4k ou Ultra HD, com a apresentação de produtos de linha doméstica para a definição até agora reservada à produção cinematográfica de 4,000 pixels horizontais ou 4k. Curiosamente, mandou a tecnologia que os displays estivessem prontos a comercializar antes dos suportes Blu-ray estarem disponíveis e logo os grandes operadores de conteúdos, como a Netflix, viram aqui uma oportunidade. Se o espetador quer ver filmes com qualidade de imagem superior à média das salas de cinema, então terá de momento de recorrer a serviços de streaming.
É certamente ainda um mercado de nicho reservado ao mais afortunados, mas comercialmente é uma poderosa arma para conquistar clientes e a Netflix sabe disso, ao anunciar o acesso a estes conteúdos em Portugal por menos de 20€ mensais.
Os operadores nacionais que já tinham anteriormente anunciado a intenção (vaga..) de disponibilizar conteúdos neste formato partiram para o ataque e anunciaram que se posicionam para a linha de partida: a multinacional Vodafone com o FunBox 4K UHD, “cujo portfolio será alargado no decorrer dos próximos meses, passando a incluir um leque alargado de vários conteúdos em UHD, tais como documentários, desporto, música e cinema”; e a portuguesa Nos, com dois canais de demonstração, o NOS 4K e o Hispasat 4K, sem ter adiantado ainda o início de emissões em canais regulares que já têm todo o alinhamento de conteúdo nesta resolução, caso do National Geographic, entre muitos outros.
Para quem nunca teve a oportunidade de ver uma projeção em 4k, ou uma televisão Ultra HD, o termo de comparação podem ser as salas de cinema digital atuais (as que existem na maioria dos centros comerciais em Portugal), que foram equipadas maioritariamente com projetores Christie de 2k, ou seja, de metade da resolução.
Recordamos que o conteúdo 4K no atual codex de compressão exige mais de 20Mbps de largura de banda, e de forma estável, donde o mercado potencial desta tecnologia é apenas parte dos subscritores nacionais dos serviços de televisão por cabo. |