A referida intervenção – que teve lugar cerca de 14 anos após uma anterior melhoria da iluminação do edifício no âmbito do Jubileu, um ano especial de remissão de pegados e de perdão universal – foi projetada pelo departamento de iluminação pública da Acea, representado por Bruno Lalli. As 340 luminárias instaladas (todas tipo IP67 Classe 1) incluem os modelos de projetores Jilspot, Elle, e Sylverline da Diamante Lighting – uma empresa sedeada em Alessandria, Itália – e dão destaque a alguns dos mais conhecidos elementos da basílica. No lado de fora estão posicionadas na cúpula principal (concebida por Michelangelo), no tambor, na lanterna, na cúspide, nas cúpulas menores, na fachada, no campanário, na câmara do relógio, nas estátuas de coroação, e no corredor superior. Dentro da igreja as luminárias iluminam por sua vez a Glória no altar-mor e o baldaquim do altar da confissão (ambas desenhadas por Gian Lorenzo Bernini).
O diretor da unidade de iluminação pública da Acea para a área de novos projetos, Remo Guerrini, afirmou que a obra constitui “a primeira etapa de uma grande iniciativa (do departamento) para a iluminação de 47 cúpulas, torres de igrejas, e outros edifícios altos visíveis” dos principais pontos de observação da cidade. A instalação – tanto na Basílica de São Pedro como no segundo edifício intervencionado pelo programa, a Basílica de Santa Maria Maior – foi conduzida por uma equipa da empresa local A&G especializada no acesso a pontos elevados com jogos de cordas. O pessoal da A&G trabalhou em equipas de duas ou três pessoas de maneira a transportar o material para as posições finais e proceder à fixação dos projetores com barras de apoio em latão e parafusos/porcas em aço inox. O acesso a alguns dos pontos requereu o guiamento de representantes da Fábrica de São Pedro, gabinete criado em 1908 para tutelar a restauração e a decoração dos diferentes edifícios do Vaticano.
De acordo com Guerrini o novo sistema “deverá assegurar custos de manutenção mais reduzidos, já que a duração de vida prevista de cada projetor LED é de sete a dez anos, em oposição aos cerca de 40 meses das lâmpadas de descarga de gás” usadas até agora. O responsável adiantou ainda que a tecnologia LED também dá uma melhor qualidade de iluminação, com a temperatura de cor das fontes de luz nos 2 800 ou nos 3 800 K – dependendo do ponto onde se encontram instaladas. As emissões mais intensas de luz também são importantes, pois a cúpula e a fachada da basílica estão entre os elementos mais fotografados em toda a cidade de Roma. A potência das novas luminárias não excede os 9 W, face aos 40W dos equipamentos anteriores, o que permite uma diminuição do consumo com iluminação na ordem dos 75%.
O referido sistema é controlado diretamente por um temporizador programado pela Fábrica de São Pedro, e encontra-se ligado à rede de iluminação pública da cidade do Vaticano. |