A tecnologia representa uma grande mais valia para o FM e a forma como são geridos os espaços (públicos ou privados) e as pessoas quando em interação com esses mesmos espaços. Caminhamos a passos curtos para uma transformação que não está restrita ao futuro: está já a ocorrer. As cidades— todas as pessoas, edifícios e serviços que coexistem no mesmo espaço—estão já a operar de forma sincronizada, o que permite rentabilizar os processos e melhorar a qualidade dos serviços prestados.
Juan Beneytez (Ferrovial), André Calixto (NextBitt), Carlos Ferreira (TDGI), Miguel Pereira (EEE), e Filipe Rodrigues (Siemens) protagonizam o primeiro painel do dia, subordinado ao tema “A digitalização do FM – FM 4.0” . Apesar de operarem em áreas distintas, os oradores trouxeram ao painel ideias muito próximas do que será o FM num futuro muito rápido, “amanhã talvez”. A introdução e aplicação de tecnologias como o NFC, a realidade aumentada/virtual, a Internet of Things, machine learning e big data, e ainda como o BIM (tecnologia de simulação) trará verdadeiras revoluções na forma como se pensa e se concretiza FM. Estas tecnologias, quando aliadas a projetos, empresas, espaços ou pessoas tornam-se imprescindíveis para o aumento da confiança, fiabilidade, sustentabilidade e rentabilidade das organizações.
Na mesma ótica, mas aplicado à escala mais abrangente que são as cidades e tudo o que nelas coexiste, segue-se o painel “O FM no contexto das Smart Cities” , protagonizado por Francisco Cruz (Siemens), Rosália Rodrigues, (Microsoft) e António Ruivo Meireles, (ndBIM). A complexidade das instalações, o alargamento das áreas de atuação do FM e a exigência crescente do utilizador final progridem, necessariamente, na evolução do FM. E se os processos de comunicação, manutenção e gestão eram arcaicos e morosos há pouco mais de 10 anos, neste momento assistimos à sua evolução vertiginosa, cada vez mais rápidos, eficazes e eficientes, aproximando cada vez mais as pessoas, a tecnologia e os espaços.
A tarde é dedicada à segurança pública e privada como parte integrante do FM. O painel “Os desafios da segurança em meio institucional” , protagonizado por Maria João Conde (APSEI), Inês Pires (Manvia), Comissário Sérgio Saldanha (PSP), Silvestre Machado (Grupo Auchan), Pedro Mendonça (APCC) e Valentim Oliveira (SIBS), traz até à plateia diferentes perspectivas da segurança e na forma como o próprio edificado poder ser um elemento facilitador ou dificultador da manutenção e implementação de políticas de segurança, nos diferentes locais. Espaços privados, públicos ou até mesmo na via pública, a segurança deve ser um item a contemplar ainda em fase de projeto. A chave da segurança é a prevenção e antecipação, antevendo as vulnerabilidades.
As 10as Jornadas FM, promovidas pela Associação Portuguesa de Facility Management, contaram com a participação de mais de 30 oradores nacionais e internacionais que no seu dia-a-dia, quer em atividades profissionais ou académicas, dedicam o seu tempo a pensar, projetar e a implementar as melhores soluções integradas de FM ao serviço das pessoas e dos espaços.
A organização do evento estima que no decorrer dos dois dias tenham passado pelas salas do Edifício Central Tejo do MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia) mais de 350 pessoas, também elas especialistas, académicos ou curiosos em temas relacionados com o Facility Management.
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