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Nova patente de iluminação smart

Nova patente de iluminação smart

Esta tecnologia permite a criação de sistemas de iluminação que se adaptam automaticamente à localização, posição e actividade dos ocupantes, utilizando apenas as propriedades da luz para analisar o espaço de forma segura e económica.

Uma patente nos Estados Unidos designada “Sensory Lighting System and Method for Characterization of an Illumination Space” foi concedida a um grupo de professores catedráticos e estudantes de pós-graduação do Instituto Politécnico de Rennselaer e da Universidade de Boston. A patente detalha o processo do sistema de iluminação LED num espaço que pode detetar a presença, localização e posição dos seus ocupantes sem o uso de câmaras de forma a salvaguardar a privacidade destes.

Robert Karlicek, Diretor da fundação LESA, explica: “cada espaço iluminado tem uma ‘impressão digital’ ótica. Se nada se alterar dentro desse espaço, a distribuição e tom da iluminação não se alteram. Utilizando um pequeno número de sensores low-cost montados no teto, podemos analisar a ‘impressão digital’ óptica de qualquer espaço e determinar quando e como os objetos se movem dentro do mesmo.”

Este protótipo utiliza tecnologia de deteção time-of-flight (ToF) para preservar privacidade na deteção de ocupantes. Sensores ToF utilizam a energia luminosa para medir distâncias físicas com razoável precisão, o que torna possível o mapeamento do espaço e a determinação da localização e posição (de pé, sentado, deitado) de indivíduos e outros objetos na divisão sem o uso de câmaras.

“Imagine um espaço, como uma instalação de cuidados médicos, um edifício de escritórios, um estabelecimento comercial, um armazém, um aeroporto, ou uma biblioteca, cujo BMS sabe sempre onde os ocupantes estão e que tipo de atividade está a decorrer, usando apenas informação gerada pelo sistema de iluminação. Este tipo de dados é necessário para maximizar a eficiência de uma infraestrutura, melhorar operações de segurança, e automaticamente criar ambientes mais confortáveis para os ocupantes. A tecnologia patenteada da LESA promete ser muito mais económica e precisa que muitas tecnologias concorrentes,” garante Karlicek, acrescentando: “Faz parte da visão da LESA criar iluminação digitalizada para novas aplicações em gestão de edifícios, cuidados de saúde, horticultura e plataformas 5G de comunicação wireless.”

Esta tecnologia apresenta vantagens significativas. Uma vez que não são utilizadas câmaras não é possível a identificação de cada indivíduo, o que garante a privacidade de utilizadores e transeuntes em qualquer localização. Adicionalmente, é integrável em sistemas de iluminação LED já instalados, eliminando a necessidade de remodelações estruturais. Os sensores ToF tém também a mais-valia de serem razoavelmente resistentes a variações na luz ambiente, cor dos objetos e vestuário dos ocupantes, minimizando a ocorrência de erros de leitura.

A LESA criou dois bancos de ensaio para o protótipo―“Smart Conference Room” operado em Renssalaer, e “Smart Hospital Room” na universidade de New Mexico―dedicadas a levar a iluminação LED a novos níveis de controlo e obtenção de dados a baixo custo usando apenas as propriedades da própria luz. A intenção da LESA é integrar sensores ToF com outras tecnologias de deteção low-cost em que o sistema de controlo seja concebido com a capacidade de integração de software e equipamento.

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