Apesar de estas serem muitas vezes vistas apenas de uma perspetiva operacional e sanitária, vários estudos demonstram o impacto de uma gestão inteligente e integrada das casas de banho no contexto de espaços públicos
Muitas vezes pensado só em termos da vertente da manutenção e standards de higiene, a casa de banho, do ponto de vista de um espaço público, tem mais impacto do que se possa pensar, nomeadamente ao nível da imagem e receita em espaços comerciais ou produtividade em edifícios de escritórios. Na verdade, o estado das casas de banho determina a capacidade de um negócio atrair e reter clientes – estudos revelam que um negócio arrisca perder clientes se não mantém as suas casas de banho limpas e operacionais – Restaurantes & Hotéis (79%); Clínicas Médicas (77%); Espaços de Retalho (45%). Se pensarmos em grandes hubs de transporte como Aeroportos, o estado das instalações sanitárias é um driver mais importante de satisfação dos passageiros do que qualquer outro elemento de infraestrutura, e está ainda atualmente nos top 5 pontos de reclamação dos passageiros. Os gestores de infraestruturas são responsáveis por providenciar uma experiência fluída e de qualidade aos seus inquilinos e utilizadores garantindo simultaneamente a eficiência dos recursos usados e controlo de custos. Isto estende-se à operação de casa de banho, e também nesta área de gestão de edifícios, a tecnologia poderá fazer uma diferença substancial, e transformar a operação no sentido de melhor atingir estes objetivos. Através da adoção de soluções de IoT (Internet of Things), é possível monitorizar e extrair dados sobre os ativos a serem usados. Estes dados devem ser devidamente tratados de forma a gerarem insights sobre a operação, permitindo atuar, atempadamente, quando e onde tenham ocorrido os problemas, ou prevenir situações de rutura evitando que os utilizadores venham a ter uma má experiência. Os benefícios estendem-se para além da operação corrente, no longo prazo, via análise e desenvolvimento de modelos de dados, cria-se um conhecimento sobre os ativos e a sua utilização que irá permitir fazer uma gestão informada e mais eficiente da manutenção ou upgrade dos mesmos ativos. A evolução no sentido de uma operação smart, baseada na real utilização dos ativos e infraestrutura permite colmatar lacunas que existem no caso de operações de limpeza ou contratos de serviço baseados exclusivamente em rotas de equipas por horário, nomeadamente:
Desconhecimento do volume real de utilização das instalações de casa de banho Basear as rotas num conhecimento de horas/dias de pico não capacita a operação para poder responder a situações imprevisíveis ou mudanças que exijam um rápido ajustamento. Basta pensar na variabilidade de utilização das casas de banho de uma porta de embarque num aeroporto.
Atraso na deteção de situações indesejáveis de sujidade ou com falta de consumíveis A utilização de um horário pré-definido para a limpeza das casas de banho, origina atraso na deteção e correção de situações problemáticas. A existência de um sistema de monitorização de passagens e de consumíveis com alertas definidos permite atuar proactivamente antes dos utilizadores experienciarem uma situação de falha/rutura no serviço prevenindo problemas de imagem e queixas dos utilizadores.
Desperdício de recursos ou ineficiência A operação baseada apenas na aplicação de rotas de limpeza acarreta também ineficiência, pois naturalmente levarão equipas a inspecionar casas de banho que não necessitariam de ser visitadas por baixa utilização ou ao desperdício de recursos e custos acrescidos com possibilidade de restocking de consumíveis sem que tal seja necessário.
Dificuldade de manutenção e negociação de um standard uniforme de limpeza A limpeza via rota por horário assume uma utilização constante dos vários equipamentos, o que já vimos não ser o caso. No limite poderá haver diferenças de utilização ao nível granular do cubículo dentro de uma casa de banho, levando a uma utilização mais intensiva e necessidade de atuação mais recorrente ou imediata face a outras casas de banho. Desta forma, a correta monitorização permite ter visibilidade sobre a real utilização da infraestrutura e correspondente necessidade de intervenção.
A otimização do serviço de gestão de casa de banho do ponto de vista de eficiência operacional e satisfação dos utilizadores depende da passagem de uma gestão reativa para uma gestão proativa dos ativos, com a deteção atempada de situações indesejáveis e acionamento de medidas corretivas de forma a mitigar impactos indesejáveis nos utentes. A adoção de soluções como o Smart Cleaning da Cycloid Technology and Consulting, gera informação de suporte à operação de limpeza e gestão de casa de banho dirigida aos diferentes níveis de atuação – equipas de limpeza, supervisor de equipas e gestor de infraestruturas. Através de uma aplicação móvel e web os diferentes stakeholders têm uma visão adequada do estado e áreas sobre a sua responsabilidade, com alertas em tempo real que lhes permitem gerir situações que requerem intervenção. A tecnologia por si só não chega, mas atualmente a tecnologia já está num nível de evolução que aliada com a capacidade de transformar dados em informação relevante, permite aos diferentes stakeholders tornarem-se mais eficientes e acima de tudo conseguirem ter clientes finais satisfeitos. |