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Smart building ganha terreno no setor imobiliário

Smart building ganha terreno no setor imobiliário

Um estudo da CIL Management Consultants constatou um crescente interesse e investimento em tecnologias de smart building por parte dos proprietários de edifícios para arrendamento, com vista a otimizar despesas e aumentar a atratividade dos seus imóveis

À medida que as empresas procuram novas tecnologias para melhorar a produtividade dos colaboradores, reduzir o seu impacto ambiental e reduzir as despesas energéticas, os proprietários de edifícios residenciais começam também a investir em tecnologia de smart building. De acordo com um novo estudo da CIL Management Consultants, mais da metade dos proprietários de imóveis na Europa e na América do Norte vêem estas tecnologias como importantes para a gestão de edifícios.

Com organizações de todas as formas e feitios a procurar otimizar a eficiência e reduzir as suas pegadas de carbono, a tecnologia de smart building já parece ser totalmente mainstream. Dados da Carbon Trust estimam que o setor de saúde do Reino Unido gaste mais de 400 milhões de libras por ano em energia - algo que levou a consultora Navigant a prever que o investimento anual em soluções de eficiência energética em instalações de cuidados de saúde atingirão os 6,4 mil milhões até 2027.

Agora, uma nova investigação da CIL determinou que a procura por tecnologias de smart building está a chegar ao mainstream em outros setores – nomeadamente, um estudo a 150 proprietários, gestores de propriedades, agentes e fornecedores no setor imobiliário na América do Norte e Europa, que determinou que estes cada vez sentem que as tecnologias de smart building oferecem novas e melhores opções para controlar os sistemas dos edifícios e de atrair e satisfazer residentes.

Os inquiridos revelaram que o investimento em renovações de edifícios e upgrades de sistemas estão a crescer, tendo 84% revelado que iriam aumentar o seu investimento nesta área.

Entretanto, o investimento em sistemas avançados (e dispendiosos) de climatização - que tradicionalmente levam mais tempo a atingir um retorno do investimento - também está a subir. O estudo constatou que 73% dos inquiridos vêm agora a climatização e iluminação como tendo um papel importante na gestão de edifícios, prevendo que poderiam melhorar a sua taxa de crescimento e aumentar as margens de lucro em até 20%.

No geral, o estudo mostra que 58% dos inquiridos consideram sistemas de controlo inteligentes nos seus edifícios importantes para a sua gestão, com uma grande maioria de 92% relatando uma subida nos investimentos nessa área.

De acordo com a pesquisa da CIL, além de um grande aumento nos gastos com tecnologia de climatização e iluminação, os proprietários de edifícios residenciais vêm claramente um grande potencial de investimento a longo prazo nesta área.

Ao mesmo tempo, mais da metade dos entrevistados também disse que a gestão de instalações era importante para o investimento; no entanto, menos de 50% já tomou realmente medidas para aumentar o investimento, sugerindo que o capital investido em edifícios inteligentes crescerá no futuro.

Em termos do mercado mais abrangente de Smart Buildings, a CIL prevê um crescimento de 5 a 10% nessa área nos próximos cinco anos, impulsionado em parte pela adoção de sistemas mais avançados. Isto é particularmente sentido no mercado de climatização, que se foca cada vez mais na climatização localizada e no desenvolvimento de termostatos inteligentes e monitorização de salas.

James de La Salle, da CIL, disse sobre estas conclusões: “As propriedades em grandes cidades com rendas mais altas podem justificar renovações e melhorias; portanto, são estes edifícios que estão a ver o investimento inicial. Prédios mais antigos e imóveis comerciais fora das grandes cidades provavelmente levarão mais tempo para adotar estas tecnologias. Contudo, à medida que os gestores de propriedades constroem um argumento económico mais forte a favor tecnologias inteligentes, prevemos um setor em alto crescimento e com margens fortes, com benefícios claros para o imobiliário comercial”.

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