As empresas defendem que soluções de gestão que integram Industrial Internet of Things com capacidades avançadas de processamento de dados e automatização da operação são a chave para a fiabilidade das redes elétricas, ao permitirem antecipar e reagir a eventos da rede
A ACS e a Minsait, duas empresas da Indra, afirmam que a convergência das Tecnologias de Informação (TI) e de Operação (TO) com as capacidades de IIoT (Industrial Internet of Things) já está a marcar o caminho das utilities norte-americanas para melhorar a fiabilidade do fornecimento elétrico e enfrentar desafios como o aumento crescente de fenómenos meteorológicos que afetam diretamente as redes, a necessidade de integrar os recursos energéticos distribuídos e a pressão regulatória que impulsiona a melhoria dos indicadores de gestão. Esta é uma das conclusões destacadas na 41ª Conferência Anual ACS Minsait Utilities Customers & Minsait Utilities Customer Summit - América 2019, organizada pelas duas empresas em Savannah (Georgia, EUA) e que reuniu mais de 250 gestores de utilities dos EUA e especialistas em tecnologia. “Por um lado, as empresas de eletricidade estão a canalizar grande parte do seu orçamento para aumentar a sua capacidade de implementar soluções FLISR (Fault Location, Isolation and Service Restoration), com o objetivo de limitar o número de clientes afetados por uma incidência na rede. Por outro lado, a digitalização está a usar tecnologia como a IoT para expandir as capacidades de visualização em tempo real da rede, mesmo a de baixa tensão, ou até para controlar a procura mais além do medidor (Behind-the-Meter), o que permitirá às utilities antecipar as necessidades e incidentes e otimizar o sistema”, explica Kevin Sullivan, CEO da ACS. Os benefícios das soluções de ambas as empresas já contam com grandes referências, entre as quais destaque para clientes como a Georgia Power ou a Monash, a maior universidade da Austrália. No primeiro caso, a aplicação ACS Centrix FLISR permitiu melhorar em até 35% os índices de fiabilidade da empresa de energia norte-americana desde o seu arranque em 2012. Por outro lado, o projeto na Monash contempla a construção e a operação de uma microrrede de energia com Active Grid Management (AGM), a solução Industrial Internet of Things desenvolvida pela Minsait para facilitar a operação dinâmica, proativa, distribuída e inteligente das redes de média e baixa tensão, reduzindo os custos gerais do sistema elétrico e melhorando a sua fiabilidade. Os especialistas da Minsait esperam que em 2020 a universidade possa gerar 7 Gigawatts / hora de eletricidade, o suficiente para abastecer 1.000 casas durante um ano inteiro.
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