A EDP vai investir 500 milhões de euros na rede de distribuição elétrica, com o objetivo de “acelerar as redes inteligentes”
João Marques da Cruz, administrador executivo da energética, diz sentir a necessidade de “responder aos desafios da transição energética” - preocupação que se materializa num investimento de 500 milhões de euros, segundo a edição desta segunda-feira do Jornal de Negócios. O plano de investimento está inserido no programa InovGrid 2030 e vai ser posto em prática ao longo dos próximos dez anos. João Marques da Cruz garante que os consumidores não vão pagar a fatura deste investimento e, além disso, o responsável explicou que ao reduzir o cobre usado na infraestrutura de rede o custo das redes de distribuição, a longo prazo, será reduzido. O investimento não tem apoios públicos previstos. A EDP vai começar, em 2020, a desenvolver um projeto piloto em parceria com universidades, no Parque das Nações, em Lisboa. Este não deverá ser o único no país. O Digital Energy Center é outra novidade resultante do investimento, e consiste na agregação dos centros de despacho e supervisão da EDP num só espaço, de forma a progredir na ideia da “integração de todas as redes: baixa, média e alta”. Apesar da intenção da EDP, o investimento só poderá ser concretizado se as concessões de rede cedidas pelo governo português (foi encomendado um estudo para ajudar à decisão sobre estas concessões, cujos resultados deverão ser divulgados em janeiro) não implicarem “desagregação”, admite o administrador da EDP, que assinala que “se for para entrarem operadores, obviamente” que o investimento ficará comprometido. |