Na sua intervenção no IDC Directions, João Rodrigues, Country Manager da Schneider Electric, realçou a necessidade das empresas investirem na eletrificação, energias renováveis e eficiência energética de forma a reduzirem as suas emissões de carbono ao mesmo tempo que mantém a competitividade
O IDC Directions, a decorrer entre 28 de setembro e 2 de outubro, abriu com um pequeno-almoço executivo, no qual contou com João Rodrigues, Country Manager da Schneider Electric, numa intervenção dedicada à integração da sustentabilidade nas estratégias de negócio. "Entendemos que hoje vivemos um problema de saúde pública que se transforma numa enorme recessão da economia mundial, mas acreditamos profundamente que o maior problema que enfrentamos ainda são as alterações climáticas", refere o responsável. Para que, até ao final do século, a humanidade mantenha a atual qualidade de vida, a temperatura média global não pode ter subir mais que dois graus centígrados. Se nos mantivermos na trajetória em que estamos atualmente, explica João Rodrigues, esta temperatura vai subir entre 3,1 e 3,7 graus. Como tal, a atual situação é insustentável a longo prazo: 60% do consumo energético ainda é dependente de combustíveis fósseis, e nos próximos duzentos anos este consumo vai aumentar em 40 vezes. A chave, explica o responsável, está em aliar a eletrificação de processos que dependem diretamente da queima de combustíveis fósseis, como a mobilidade e indústria, à transição energética, que permite que esta eletrificação corresponda de facto à descarbonização da economia, e à digitalização, a qual permite reduzir o consumo energético ao otimizar a eficiência dos processos. "Com a gestão destes conceitos, propomo-nos a trabalhar para um futuro sustentável", conclui o Country Manager, "e ajudamos os nosso clientes a prosperarem num mundo cada vez mais descarbonizado". Segundo o World Economic Forum, nos últimos 10 anos 60% a 70% dos problemas experienciados pelas empresas prendem-se com a ausência de recursos ou desafios relacionados com sustentabilidade. Como tal, explica João Rodrigues, a Schneider trabalha com os seus clientes para entender e dar resposta às alterações em curso que causam cada vez mais pressão para a adoção de medidas de sustentabilidade, como alterações regulamentares e as crescentes expectativas dos consumidores. "É essencial que protejamos as nossas operações; caso contrário, alterações regulamentares ou no comportamento dos nossos consumidores podem pôr os nossos negócios em causa" reforça o responsável, realçando ainda a importância de garantir financiamento, o que se tornará cada vez mais difícil para empresas que não tenham implementadas estratégias de sustentabilidade. “Esta crise está a demonstrar que o digital, a resiliência e a confiança são fatores chave para sermos bem sucedidos”, conclui. |