A Repsol e a Siemens Gamesa assinaram o primeiro contrato para instalar 24 aerogeradores do modelo em quatro parques eólicos na Península Ibérica, com uma capacidade instalada total de 120MW
A Repsol e a Siemens Gamesa assinaram o primeiro contrato para instalar 24 aerogeradores do modelo SG 5.0-145 em quatro parques eólicos na Península Ibérica, com uma capacidade instalada total de 120 MW. Trata-se do primeiro contrato assinado entre ambas as empresas depois do plano de crescimento em energias renováveis colocado em marcha pela multinergética. O acordo inclui, em concreto, o fornecimento à Repsol de 20 turbinas em dois parques eólicos do projeto Delta II, de 100 MW, e a instalação de quatro aerogeradores noutros dois parques do projeto PI, com uma capacidade de 20 MW. O projeto Delta II, da Repsol, é composto por 26 parques eólicos, localizados em pontos estratégicos da Península Ibérica. Com uma capacidade de 860 MW, será desenvolvido até 2023 e, quando estiver em funcionamento, permitirá, através de energia renovável, o fornecimento de eletricidade a 1,8 milhões de pessoas e evitar a emissão de mais de 2,6 milhões de toneladas de CO2 por ano. Os outros dois parques eólicos, onde serão instalados os outros aerogeradores, pertencem ao projeto PI, que terá uma capacidade total instalada de 175 MW. A SG 5.0-145 é uma das turbinas terrestres mais potentes da Península Ibérica, capaz de fornecer energia a cerca de 4.000 casas. Prevê-se que estes quatro parques dos referidos projetos da Repsol entrem em funcionamento entre o final de 2021 e o início de 2022. O acordo, com a também fornecedora de aerogeradores para o projeto Cabo Leones III, que a Repsol desenvolve, no Chile, na sua joint-venture com a Ibereólica Renovables, inclui a manutenção das turbinas por um período de cinco anos. “É uma grande satisfação ter chegado a este primeiro acordo com a Repsol, que certamente é o primeiro de muitos. Além disso, estamos orgulhosos por contribuir para o ambicioso plano de crescimento nas renováveis desta empresa multienergética, com uma significativa presença internacional. Juntos avançamos no cumprimento dos objetivos de descarbonização da economia”, assinalou Enrique Pedrosa, Diretor-Geral da Siemens Gamesa em Espanha. “Para a Repsol é um marco muito importante ter fechado um acordo com estas características com uma tecnológica e fabricante com a experiência da Siemens Gamesa. Definimos objetivos muito ambiciosos de crescimento nas renováveis e o facto de podermos trabalhar com empresas como a Siemens Gamesa facilitará o nosso caminho”, afirmou o português João Paulo Costeira, Diretor da Unidade de Renováveis da Repsol. Assim que estes quatro parques entrem em funcionamento poderão fornecer energia a cerca de 130.000 lares e evitar a emissão de 430.000 toneladas de CO2, o equivalente à plantação de sete milhões de árvores. Com este acordo, a Repsol reforça o seu compromisso na geração de atividade económica, tão relevante neste momento, tanto nas fases de engenharia como na produção dos elementos que fazem parte das instalações renováveis, na sua manipulação e transporte, bem como no seu funcionamento. Em Portugal, a Repsol tem participação no projeto Windfloat, o primeiro parque eólico flutuante da Europa Continental, com uma capacidade instalada total de 25 MW, capaz de gerar energia suficiente para fornecer o equivalente a 60.000 utilizadores por ano, representando uma poupança de quase 1,1 milhões de toneladas de CO2. A multienergética contribui com projetos como estes para o desenvolvimento industrial e avança com passo firme na obtenção dos objetivos de geração baixa em carbono do seu Plano Estratégico 2021-2025, que inclui alcançar os 7.500 MW de geração de baixas emissões em 2025, duplicando esse valor em 2030. Os investimentos previstos nesta estratégia ascendem a 18.300 milhões de euros e 30% do total, 5.500 milhões de euros, serão destinados a iniciativas baixas em carbono. Tudo isso está no roteiro para chegar a ser uma companhia com zero emissões líquidas em 2050. Este acordo de 120 MW permitirá consolidar a liderança da Siemens Gamesa em Espanha, onde tem cerca de 15 GW instalados e uma quota de mercado de 53%, segundo os dados da Associação Empresarial Eólica (AEE). Este novo projeto representará também um impulso para os fornecedores da empresa, que participarão na produção de diferentes componentes. Em 2020, as suas compras a empresas espanholas ascenderam a 1.253 milhões de euros, mais 4% do que no ano anterior. |