ENERGIAS
Solar Impulse 2 termina volta ao Mundo

Solar Impulse 2 termina volta ao Mundo

O Solar Impulse 2 terminou com sucesso o desafio do projeto a se propôs: dar a volta ao mundo de avião sem uma gota de combustível.

O avião experimental Solar Impulse aterrou hoje (26/07) em Abu Dhabi capital dos Emirados Árabes Unidos após 17 etapas, 40.000km e 509 horas de voo para dar a volta ao mundo com emissões “zero”, totalmente alimentado com energia solar.

O feito colocou à prova os seus pilotos e mentores do projeto, Bertrand Piccard (neto do famoso explorador Auguste Piccard) e André Borschberg.

O percurso por etapas deve-se exclusivamente a razões fisiológicas e logísticas dos dois humanos que, à vez, pilotaram este avião, uma vez que ele é totalmente autónomo do ponto de vista energético.

Movido por 4 motores elétricos de 17 cavalos, o total de potência utilizado pela aeronave é inferior ao de um pequeno automóvel utilitário.

A energia elétrica é produzida pelas 17.000 células solares que revestem 269.5 m2 das suas asas de 72 metros, quase tão compridas como as do gigante Airbus A380 e colectam diariamente 340kWh.

De noite a aeronave é dependente dos 633kg de baterias de lítio de alta densidade com uns espantosos 260 Wh / kg, que armazenam um total de 38.5kWh

O ciclo de voo para otimizar a energia faz com que o avião atinja a sua altitude maxima de 9.000 metros, onde os painéis são mais eficientes, as 18h , então ele inicia uma descida que demora toda a noite até aos 1.500 metros, onde a eficiência das hélices é maior. Com o nascer do sol e as baterias descarregadas inicia-se uma nova subida gradual até aos 9.000 metros.
Se o avião fosse um drone, este ciclo poderia repetir-se por dois a três anos até que o número de ciclos máximo das baterias fosse atingido, mas um humano a bordo implica mantimentos, reservas de oxigênio e tempos máximos de exaustão que o obrigam a aterrar.

As baterias protagonizaram o maior problema desta aventura, quando na mais longa etapa, os cinco dias entre o Japão e Hawai, elas sofreram um sobreaquecimento devido a um erro de cálculo da equipa, o que obrigou a uma paragem de 9 meses para que fosse produzidas novas baterias.

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