Apesar da pandemia, o Building The Future vai voltar para a sua terceira edição. À semelhança de outros eventos, a edição de 2021 será apenas digital, sem a componente física que marcou as duas primeiras edições.
A Microsoft e os seus parceiros estão a organizar a nova edição do Building The Future. Entre os dias 26 e 28 de janeiro, desta vez em formato totalmente digital, o público vai poder ouvir as novas tendências sobre transformação digital e sobre como este tema está a ser endereçado em Portugal. “Quando começámos a organizar o Building The Future já estávamos em plena pandemia e já sabíamos que não ia ser como antes”, explica Teresa Virgínia, Diretora de Marketing e Comunicação da Microsoft Portugal, à IT Insight. Nesse momento, diz, foi preciso perceber se o evento devia ir em frente e em que moldes. “Mais do que nunca, o evento é pertinente. Se há altura em que as empresas, as pessoas, o Estado, os estudantes e os professores precisam de pensar de forma diferente e digital é esta e achámos que não poderíamos não o fazer; era impreterível acontecer o Building The Future em 2021 no meio das circunstâncias em que estamos”, refere Teresa Virgínia. Depois, foi tomada a decisão de o tornar digital. Este ano, o evento terá uma plataforma de matchmaking onde as pessoas “quando se registam, colocam o seu perfil e indicam as suas preferências. Depois, a plataforma vai fazer matchmaking, mas à medida que se vai interagindo na plataforma, fará um fine tunning dessas escolhas. Se uma pessoa diz que gosta de sessões Y, mas, na verdade, vai às sessões Z, a plataforma retifica as recomendações e faz com que o comportamento das pessoas prevaleça sobre as escolhas conscientes”, indica a CMO & PR Lead na Microsoft Portugal. Assim, a plataforma do evento irá fazer “recomendações de pessoas e sessões que vão, realmente, de encontro às suas preferências reais”.
“O objetivo não se alterou”A edição de 2021 aprendeu, naturalmente, com as duas edições anteriores do Building The Future. À IT Insight, Paula Panarra, Diretora-Geral da Microsoft Portugal, afirma que o objetivo é trazer a discussão – muito viva no início do ano, que normalmente é o arranque em termos de planos de investimento e estratégia para muitas empresas nacionais – do tema da transformação digital, até porque “o objetivo de fundo” do evento “não se alterou”. Também o tema do evento é, “em janeiro de 2021, provavelmente maior do que nunca”. Isto porque “se há ano em que vamos – e já estamos – a assistir a uma adoção de muitas destas novas tecnologias enquanto enabler para aquilo que é a organização de uma empresa, a forma de trabalhar, de contactar os clientes, o engagement de vendas, de marketing, de serviços, … tudo isto é mais relevante do que nunca num momento de recuperação económica, onde se procuram eficiências, mas, ao mesmo tempo, vai existir uma conversão de investimento precisamente nestas áreas”.
AgendaO Building The Future irá contar com uma série de intervenientes nacionais e internacionais. José Neves, da Fundação José Neves, Julia White da Microsoft, Pascal Finette, da Be Radical, e Carlos Oliveira, da Fundação José Neves, são apenas alguns dos destaques desta edição. O evento irá contar, também, com Gonzalo Muñoz Abogabir, da Triciclos, Aubrey De Grey, da Sens Research Foundation, Nathan Kinch, da Greater Than X, António Murta, da Fundação José Neves, David Kellerman, da UNSW Sidney, Xavier Aragay, da Reimagined Education Lab, e Anthony Salcito, da Microsoft.
Foco na educaçãoO terceiro dia do Building The Future terá a colaboração da Fundação José Neves, que arrancou com o objetivo de ajudar a transformar Portugal numa sociedade de conhecimento. A Microsoft procurou criar uma agenda que tenha conteúdos para estudantes, professores, encarregados de educação e para responsáveis de formação. “Vamos procurar cobrir os vários estágios das competências com a curadoria de conteúdos e painéis que possam trazer perspetivas em diferentes óticas, o tema da segurança na tecnologia, a importância da tecnologia no desenvolvimento de conhecimento e não apenas para entretenimento”, explica Paula Panarra. Teresa Virgínia refere que “as empresas e as organizações sofreram uma transformação imensa com a pandemia, mas também o ensino. Um dos grandes temas é o ensino de uma forma digital, não só do ponto de vista de quem ensina, mas também do ponto de vista de quem aprende”. Neste sentido, o Building The Future terá conteúdos não só para os professores e estudantes, mas também para os encarregados de educação que “são parte interessada nesta discussão”.
Foco das empresasNum tema tangencial ao Building The Future, Paula Panarra também partilhou aquelas que devem ser as áreas de foco das empresas durante o ano de 2021, quais devem ser as apostas prioritárias das organizações nacionais. “Tudo o que são as tecnologias do posto de trabalho, não só de quem está no escritório e se calhar pode trabalhar remotamente, mas também quem faz trabalho de campo e que mostrou que, em muitos casos, não estão equipados e preparados para fazer esta interação front office-back office para a continuidade operacional das empresas”, indica a Diretora-Geral. “Quando falamos de todas as tecnologias de suporte aos processos de trabalho, eles vão até ao chão de fábrica ou distribuição logística, por exemplo”. Assim, as organizações devem apostar em ferramentas que permitem a integração de produtividade para todos os colaboradores de uma organização, independentemente do seu papel dentro da empresa. Também a segurança deve ser endereçada. Diz Paula Panarra que “toda esta dispersão de utilização e acesso fez com que o aumento dos ataques tenha sido muito significativo, e as vulnerabilidades que existiam eram muito grandes. Esta tem de ser uma área de preocupação, porque é a fundação muito importante para a exposição ao digital que as empresas vão ter de fazer nesta recuperação”. |