A BCSD Portugal lança a versão portuguesa do Guia do CEO para a Bioeconomia Circular que inclui seis exemplos empresariais desenvolvidos no âmbito do Grupo de Trabalho de Bioeconomia
O BCSD Portugal lança hoje o Guia do CEO para a Bioeconomia Circular, que visa dar aos líderes empresariais uma compreensão do conceito e das oportunidades que a Bioeconomia Circular tem para oferecer ao setor privado. O reconhecimento de que o capital natural é finito obriga hoje as empresas a uma enorme e rápida adaptação das suas atividades e operação da cadeia de valor, no sentido de incorporar os princípios da Bioeconomia Circular. O Guia do CEO para a Bioeconomia Circular identifica as cinco prioridades ambientais urgentes: 1) alterações climáticas; 2) escassez de recursos; 3) perda da biodiversidade; 4) alterações ao uso dos solos; e 5) perda e desperdício alimentar e apresenta uma solução comum para todas – a Bioeconomia Circular. A sua versão portuguesa inclui seis exemplos, desenvolvidos no âmbito do Grupo de Trabalho de Bioeconomia do BCSD Portugal, pelas empresas Cortadoria Nacional de Pêlo, EDP, Jerónimo Martins, Lipor, PRIO e The Navigator Company, a par de outros business cases internacionais de sucesso. Dentro deste panorama, o foco da segunda edição das Conversas sobre Sustentabilidade, que acontece dia 23 de fevereiro, rodará em torno do conceito da Bioeconomia Circular, dos desafios que impõe às empresas, bem como das oportunidades que tem para dar ao setor privado, e ao planeta. O painel de oradores contará com Inazio Martinez de Arano (European Forest Institute), Hermano Rodrigues (EY-Parthenon), Fernando Ventura (Grupo Jerónimo Martins), Laura Costa (The Navigator Company) e Marisa Silva (Ministério do Ambiente e da Ação Climática). Acerca do Guia, o Secretário Geral do BCSD Portugal, João Wengorovius Meneses, recorda que “Face ao nosso atual modelo de desenvolvimento, altamente extrativo e poluente, o Pacto Ecológico Europeu, apresentado há cerca de um ano, como a principal aposta para o crescimento e o emprego da Comissão Europeia até 2030, coloca a preservação e a recuperação do capital natural no centro da agenda política europeia e destaca a urgência da transição para um novo paradigma de desenvolvimento, assente nos princípios da bioeconomia circular, designadamente, em nature-based solutions (soluções de base biológica).” E acrescenta que “A transformação necessária exigirá inovação em larga escala ao longo das cadeias de valor das empresas, no sentido de criar modelos de negócio sustentáveis, se possível regenerativos. Contudo, a Bioeconomia Circular não é apenas um desafio para as empresas, tem de envolver todos os setores da sociedade.” |