A proposta de lei surgiu pela mão da Comissão Europeia em abril de 2021. O documento inclui um sistema de classificação com quatro níveis de risco sobre o perigo da IA para a saúde e em termos de segurança: risco inaceitável, elevado, limitado e mínimo
O crescimento e desenvolvimento da inteligência artificial obrigaram já a União Europeia a repensar num regulamento, sobretudo ao nível jurídico. Designada Lei da Inteligência Artificial, esta proposta de legislação pretende reforçar as regras sobre dados, transparência e supervisão, assim como abordar questões éticas e implementação nos mais variados setores, explica o Fórum Económico Mundial. Esta lei, que foi inicialmente proposta pela Comissão Europeia em abril de 2021, encontra-se a ser discutida atualmente no Parlamento Europeu. Da proposta faz ainda parte um sistema de classificação com quatro níveis de risco sobre o perigo da tecnologia para a saúde, segurança e direitos fundamentais – inaceitável, elevado, limitado e mínimo.
Thierry Breton, comissário europeu para o Mercado Interno da UE, afirma que esta proposta de lei pretende “fortalecer a posição da Europa como um centro global de excelência em IA, do laboratório ao mercado, garantir que a IA na Europa respeita os nossos valores e regras e aproveitar o potencial da IA para uso industrial”. O documento prevê multas até 30 milhões de euros ou 6% da receita global, no caso das empresas. “Preparadas para o futuro e favoráveis à inovação, as nossas regras intervirão sempre que estritamente necessário: quando a segurança e os direitos fundamentais dos cidadãos da UE estiverem em jogo”, afirmou Margrethe Vestager, Comissária Europeia para a Concorrência. A lei tem também como proposta a criação de um Conselho Europeu de Inteligência Artificial para supervisionar a implementação do regulamento e garantir a aplicação da lei de forma uniforme no bloco comunitário. De acordo com a proposta da legislação, “o Conselho deve refletir os vários interesses do ecossistema de IA e ser composto por representantes dos Estados-Membros”. Após o parecer do Parlamento Europeu sobre a sua posição, é altura de se iniciarem as negociações interinstitucionais da União Europeia de forma a aplicar a ler, cuja implementação poderá variar. |