Organizações não sabem como implementar ações climáticas

A transformação dos modelos de negócio neste sentido está no topo das prioridades das empresas com receitas anuais superiores a 250 milhões de dólares, com 89% das empresas participantes no estudo da Schneider Electric a referir que tem intenção de alterar, ou já alterou, o seu modelo de negócio em resposta à ação climática.

Contudo, os resultados da investigação indicam que os inquiridos estão pouco familiarizados com soluções práticas para começar a reduzir de imediato a sua pegada de carbono. Algumas das soluções climáticas mais eficazes e de acesso mais imediato, como a Energia como serviço (EaaS, na sua sigla em inglês), as energias renováveis, as microgrids e as práticas de economia circular, são ainda pouco compreendidas.

“Embora estejamos encantados por ver que muitas das maiores organizações estão a pensar ativamente sobre as alterações climáticas e os riscos que estas representam para os seus negócios, foi com surpresa que descobrimos a disparidade na familiaridade para com soluções práticas e de fácil acesso para reduzir as emissões de carbono. Para as organizações se transformarem realmente, é fundamental que vão para além dos métodos tradicionais de gestão de energia e das práticas de negócio habituais, e que tirem partido das tecnologias e soluções mais recentes para assegurar resultados de descarbonização ambiciosos e mensuráveis,”afirmou Susan Uthayakumar, President, Sustainability Business Division na Schneider Electric.

Transformação dos modelos de negócio

À medida que aumenta a frequência das ocorrências climáticas extremas e das disrupções em larga escala, como consequência das alterações climáticas, os stakeholders exigem ação imediata. Para muitas empresas globais, dar resposta a este apelo à ação e à transição para uma economia neutra em carbono exigirá uma transformação fundamental dos seus modelos de negócio. A investigação da Schneider Electric mostra que as organizações estão a pensar ativamente neste desafio e que, na maioria dos casos, estão a modernizar a sua abordagem à gestão de energia como resultado dessa reflexão.

A recolha de dados sobre recursos e energia através da IoT e de dispositivos conectados está a aumentar. Os inquiridos relataram um aumento de cerca de 20% na adoção de dispositivos conectados à IoT, em comparação com uma investigação de 2020.
As organizações precisam de aumentar rapidamente as iniciativas para se transformarem, de forma a serem resilientes perante as alterações climáticas. Apenas 7% transformaram totalmente os seus modelos de negócio, antecipando futuros desafios ambientais e sociais.

Embora este estudo confirme que as organizações precisam de tomar mais medidas para promover a descarbonização das suas operações e a transformação dos seus negócios, de forma a serem resilientes às alterações climáticas, também destaca a complexidade e a extensão deste desafio, considerando que é algo que não pode ser feito apenas por uma única organização, setor, país ou governo.