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Portugueses desenvolvem ventilador de emergência de código aberto

Portugueses desenvolvem ventilador de emergência de código aberto

Um grupo de voluntários portugueses desenvolveu um ventilador de emergência para cuidados intensivos que incorpora materiais e componentes industriais comuns

O movimento #ProjectOpenAir anunciou que um grupo de voluntários portugueses terminou com sucesso a primeira fase do desenvolvimento de um ventilador de código aberto, para cuidados intensivos, com um valor de produção muito inferior ao padrão. Um modelo mínimo, sem a sofisticação dos habituais ventiladores pulmonares, mas que pode ser muito útil nas atuais circunstâncias e para muitos países. 

Os detalhes do desenvolvimento e do equipamento foram sistematizados num artigo científico intitulado "Proof-of-concept of a minimalist pressure-controlled emergency ventilator for COVID-19", que estará disponível em breve para consulta no repositório arxiv.org. A publicação deste artigo acontece depois de a equipa ter feito uma prova de conceito bem-sucedida, nos laboratórios associados ao projeto, e da patente ter sido registada em nome da Humanidade, para que nenhuma entidade possa retirar proveitos económicos desta inovação. 

A ideia que esteve na base deste desenvolvimento surgiu nos primeiros dias de existência do #ProjectOpenAir, há duas semanas, e materializou-se com o contributo de várias personalidades e entidades, que incluem o LIP, a FCT NOVA, a NOVA Medical School, o ICNAS, a Harvard University e dois engenheiros portugueses que trabalham para equipas de Fórmula 1. 

De acordo com os mentores do projeto, “a grande mais-valia deste ventilador é que pode ser construído rapidamente com recurso a componentes baratos e de fácil acesso, o que significa que pode ser produzido em massa e em qualquer parte do mundo, a um baixo preço e com grande rapidez. Trata-se de um ventilador de emergência, que cumpre os requisitos mínimos necessários à ventilação de doentes COVID-19, por isso, numa altura em que o mundo corre contra o tempo para se dotar das soluções necessárias para fazer face à pandemia, esta solução pode ajudar-nos a salvar dezenas de milhares de vidas”.

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