O SAS, com base na consultoria dos seus maiores especialistas da EMEA, selecionou as seis principais tendências e previsões para ajudar a planear o próximo ano, da cibersegurança às alterações climáticas
Entre anos incertos, não é difícil imaginar que 2022 continue a ser marcado pelo vírus. Mas o que nos trará 2022? A questão é feita pelo SAS, que falou com alguns dos seus maiores especialistas da EMEA e selecionou as seis principais tendências e previsões para ajudar a planear o próximo ano. Num primeiro plano, a empresa fala em Inteligência Artificial (IA) ética como uma possível vantagem competitiva. Em abril de 2021, a Comissão Europeia apresentou o novo projeto da UE para regulamentar projetos de IA, contudo, um dos maiores debates sobre o tema continua a ser a questão da consciência dentro da inteligência e os limites éticos que a IA enfrenta. “Com a adoção e implementação acelerada da IA, haverá um foco maior na IA responsável. Durante 2022, operacionalizar a IA responsável tornar-se-á parte central da estratégia e inovação de muitas empresas e o tópico mais importante de conversa com os clientes. As empresas que integrarem, desde o início, a IA responsável nos seus processos terão uma clara vantagem competitiva”, afirma Josefin Rosén, PhD & AI & Analytics CxP Lead, Nordics, na SAS. Em segundo lugar, avizinham mais desafios nos processos de compras da cadeia de valor. “No retalho em 2022, é de esperar inventários mais baixos, grandes exigências e falta de stock. No geral, os retalhistas que tiverem sucesso no novo normal de 2022 usarão, de forma proveitosa, a analítica para captar e ler informações da supply chain e exigências do consumidor para, de seguida, responder rapidamente às eventuais falhas da supply chain e alterações nas preferências do cliente”, explica Dan Mitchell, Diretor de Prática de Varejo Global na SAS. Já os ataques cibernéticos indiretos estão a aumentar e os invasores estão a explorar cada vez mais as relações de confiança estabelecidas entre empresas e fornecedores para ter acesso às informações. “Embora a fraude na supply chain não seja novidade, será um grande desafio global em 2022. Na verdade, o Covid conduziu a um aumento nas fraudes, pois passou a haver menos verificações físicas de stocks ou em chão de fábrica. As empresas acabaram por dar menos ênfase à gestão de risco da suplly chain e os dolosos ou grupos criminosos não perderão a oportunidade para explorar esta situação. A analítica irá impulsionar a transformação da supply chain, uma vez que dá apoio e enfoque aos processos de compras, como a identificação de manipulação de licitações e conformidade de contratos”, comenta Laurent Colombant, Líder de Monitorização Contínua de Fraude e Conformidade EMEA na SAS. Em quarto lugar, a SAS indica uma forte presença do plano das alterações climáticas, colocando a pergunta: “quando iremos aprender e adaptar as nossas estratégias rumo a um futuro mais sustentável?”. Peter Plochan, Consultor Principal de Gestão de Risco EMEA na SAS declara que “o tempo para conversas terminou. 2022 será o ano de ação para a maioria das instituições financeiras e empresariais na Europa, já que os novos requisitos de divulgação do clima e sustentabilidade entrarão em ação juntamente com as regulamentações de risco climático bancário, incluindo até o teste de stress de risco climático em toda a UE”. Adicionalmente, com a transformação digital em 2021, as mudanças a nível de customer experience e o fim das cookies, “uma coisa é certa: estratégias de dados ambiciosas irão prevalecer”, refere o SAS. “Tecnologias inteligentes. Experiências envolventes. Confiança digital. Automação e entrega. A COVID-19 acelerou estas mudanças para uma economia que prioriza o digital, onde os consumidores esperam genuinamente experiências personalizadas - tudo isto alimentado por dados do cliente. Em 2022, a analítica avançada (como IA) e as decisões automatizadas no marketing serão ainda mais críticas na transformação de insights sobre o cliente em ações antecipadas. E acredito que, em 2030, todas as marcas que não se mexeram nesta direção serão deixadas para trás”, reitera Wilson Raj, Diretor Global em Customer Intelligence na SAS. Por fim, a SAS indica que “a única coisa que todos irão antecipar para 2022 é um ambiente de trabalho mais flexível”, pelo que a “flexibilidade é a palavra de ordem”. Contudo, surgiu uma “nova prioridade: a curiosidade”. “A curiosidade ajuda as empresas a enfrentar desafios críticos, desde melhorar a satisfação no trabalho à criação de locais de trabalho mais inovadores. A curiosidade será a competência de trabalho mais procurada em 2022, uma vez que colaboradores curiosos ajudam a melhorar a retenção geral, mesmo perante situações de trabalho complicadas”, conclui Elena Panzera, VP de Recursos Humanos EMEA na SAS. |