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Transição digital lenta no setor público inviabiliza prestação de serviços

Transição digital lenta no setor público inviabiliza prestação de serviços

Organizações públicas deverão apostar na formação de novas competências digitais, tendo simultaneamente atenção às demandas dos colaboradores, pautadas pela flexibilidade de espaços e horários de trabalho

A pandemia acelerou a transformação digital e criou uma urgência por novas aptidões digitais tanto no setor privado como no público. Contudo, as dificuldades em formar as equipas com novas competências tecnológicas está a abrandar o processo, situação com maior incidência no setor público, indica novo estudo da IDC. 

Para oferecer serviços digitais, 70% das organizações indicam estar a impulsionar a transição para a cloud, com 68% das entidades públicas europeias a fazer o mesmo percurso. O estudo faz notar que apenas metade das entidades do setor público conseguiram ajustar com sucesso os processos internos e as operações diárias às mudanças da transição digital, e para aqueles que conseguiram, houve um elevado grau de dificuldade em fornecer todos os sistemas remotamente. 

Os resultados concluem que 49% das organizações inquiridas concordam que não foram capazes de fornecer acesso a todos de forma remota. Além disso, 45% dos colaboradores tiveram dificuldades em aceder aos serviços. Apesar de no último ano os serviços terem funcionado online, uma grande parte continua a exigir uma prestação de serviços presencial. 

Todos os setores, incluindo o público, são desafiados a satisfazer as exigências dos trabalhadores, se os querem manter. Trabalho híbrido e flexibilidade vão ser cada vez mais  requisitos dos funcionários. Houve também uma aposta na flexibilidade dos próprios serviços, com 76% das organizações do setor público a procurar digitalizar os serviços prestados aos cidadãos. 

60% das instituições do setor público acreditam que um forte desenvolvimento profissional, pautado por programas de formação de competências, é fundamental para manter a força de trabalho, embora apenas 35% ofereça, efetivamente, programas de desenvolvimento de competências digitais. 

O ensino foi um dos setores que sofreu mais mudanças estruturais, com uma grande parte das escolas e universidades a seguirem o ensino à distância online, modelo que deverá continuar, com mais ou menos força, no futuro. 

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