As entidades públicas estão a preparar-se para adotar a IA nos seus processos, visando melhorar a experiência dos cidadãos
No contexto de preparação para a implementação da Inteligência Artificial (IA) pela parte das agências governamentais, a Equinix identifica as principais vantagens, assim como os crescentes desafios, que as entidades públicas poderão sentir na sua jornada de transformação digital. Com o foco na adoção da cloud, na consolidação de data centers e na cibersegurança, os cidadãos exigem uma maior eficiência nesta área. Desta forma, a Equinix acredita que a IA poderá proporcionar a melhoria da experiência dos indivíduos, tornando os serviços do Estado mais consistentes e eficientes. As agências deverão, segundo a Equinix, recorrer a “a uma infraestrutura que permita o acesso às fontes de dados apropriadas, possa suportar picos de tráfego, faculte o aumento do uso de dados ao longo do tempo, bem como a otimização do desempenho e a proteção da privacidade”. Caso não façam uma preparação adequada para a adoção da IA, poderão sentir “maiores dificuldades em satisfazer as necessidades do público”.
As vantagensA Equinix realça que é necessário encontrar oportunidades específicas nas diversas operações, dentro dos processos de cada agência, em que a tecnologia de IA contribuirá positivamente para o aumento da eficiência, eliminação do desperdício e melhoria do serviço aos cidadãos. Neste sentido, “qualquer tarefa com procedimentos manuais demorados poderá ser realizada mais eficazmente por meio da IA”, afirma a empresa. A utilização da IA nas forças policiais, refere a Equinix, pode ajudar a “acelerar as investigações”, possibilitando uma análise mais rápida de factos e provas, assim como o armazenamento com segurança e a partilha com outras entidades. Outro exemplo de uma vantagem proporcionada pela IA é a sua utilização nos controlos aeroportuários para verificar rapidamente as identidades, permitindo o cruzamento de fotos com listas de exclusão, aponta a empresa. Além disto, as entidades de saúde podem recorrer à IA na admissão de novos pacientes, no respetivo rastreio e na coordenação com os prestadores de cuidados de saúde. Deste modo, acredita a Equinix, a IA tornaria mais eficaz o encaminhamento dos cidadãos.
Os desafiosPor outro lado, existem desafios inerentes à adoção da IA, particularmente relacionados com a segurança, privacidade, soberania de dados e impacto na sustentabilidade. Segundo a Equinix, as entidades públicas necessitam de partilhar e utilizar os dados de forma responsável, evitando o acesso não autorizado e outros eventuais riscos. Ainda mais, a Equinix considera que estas “devem poder utilizar a IA até onde a sua missão o permita”, podendo ser necessário armazenar e processar dados no estrangeiro, o que levanta desafios associados à cibersegurança e soberania de dados. Por fim, é importante que as agências governamentais utilizem a IA de forma eficiente, usufruindo de inovações de data center, como é o caso do arrefecimento líquido, defende a Equinix.
Uma infraestrutura distribuídaEnquanto os processos de inferência de modelos de IA exigem uma baixa latência, geralmente recorrendo a computação no digital edge, o treino de modelos necessita de uma elevada capacidade de computação, normalmente realizado em clouds públicas ou data centers. Deste modo, tendo em conta que as cargas de trabalho da IA são melhor executadas em diferentes locais, a Equinix considera que “a infraestrutura de IA é distribuída por natureza”. Na sua estratégia de IA, as entidades públicas devem considerar “a necessidade de acesso a uma infraestrutura de computação e armazenamento de dimensão correta em todos os locais adequados, além de uma rede fiável que interligue as diferentes partes entre si”, recomenda a Equinix. |