Esta solução de IoT permite que os hospitais Garcia da Horta e Santa Maria anteciparem o regresso a casa dos pacientes infetados com a Covid-19 ao garantir um acompanhamento médico remoto permanente e uma monitorização em tempo real da evolução do estado de saúde
A Vodafone Portugal desenvolveu uma solução de apoio à telemedicina, com monitorização remota, que está a ser utilizada para ajudar as vítimas da pandemia provocada pelo novo coronavírus nos hospitais Garcia de Orta, em Almada, e no Centro Hospitalar Lisboa Norte, Hospital de Santa Maria, em Lisboa. O recurso a esta solução de Internet of Things (IoT) permite a estes hospitais anteciparem o regresso a casa dos pacientes infetados com a Covid-19 (C-19), internados nestas instituições de saúde, ao garantir um acompanhamento médico remoto permanente e uma monitorização em tempo real da evolução do estado de saúde dos doentes. Esta solução foi desenhada com o contributo direto da Equipa Médica do Hospital Garcia de Orta, entidade que em 2015 foi percursora da introdução da Hospitalização Domiciliária em Portugal, e que atualmente se mantém como referência pela procura permanente de inovação nesta área da Saúde. Em março deste ano a solução ainda se encontrava em fase piloto, para posterior aplicação nas mais diversas situações de hospitalização domiciliária. Contudo, com o intensificar da pandemia em Portugal, a mesma foi imediatamente adotada para dar resposta às necessidades da atual conjuntura. Na prática, os doentes infetados com C-19 que, após receberem tratamento hospitalar, cumpram os requisitos médicos para continuar a terapêutica em casa, levam consigo um kit médico: um tablet, um termómetro, um oxímetro, um medidor de tensão, uma balança, um glucómetro e um botão de pânico, para que possam sentir-se sempre acompanhados por um profissional de saúde ou por um cuidador profissional. Todos os sensores estão ligados a um Health Hub, não precisam de ser emparelhados e ligam-se automaticamente, não exigindo conhecimentos técnicos aos utilizadores. A solução funciona mesmo se o tablet estiver desligado ou sem bateria. A “enfermeira virtual” dá todas as indicações necessárias para garantir que a monitorização do estado de saúde do doente é efetuada de forma correta. São, por isso, várias as caraterísticas que distinguem esta solução de assistência ambulatória de outras disponíveis no mercado e que justificam a sua utilização em pacientes com C-19 com uma elevada taxa de sucesso. Esta solução está suportada na infraestrutura de comunicações da Vodafone, beneficiando, assim, das medidas de segurança, integridade e sigilo de informações da mesma. A solução de assistência ambulatória, desenvolvida pela Vodafone Portugal em parceria com a Thinkdigital e com a LeanHealth, tem como objetivo contribuir para acelerar a estratégia de Hospitalização Domiciliária no Serviço Nacional de Saúde (SNS). A hospitalização domiciliária potencia a melhoria da acessibilidade aos cuidados de saúde, a redução das complicações inerentes ao internamento convencional e a envolvência psicossocial do doente durante o período de internamento. Além disso, os ganhos em eficiência e em qualidade representam poupanças orçamentais e, consequentemente, uma otimização da gestão do SNS. “A pandemia acelerou a introdução de novas tecnologias na área da Saúde. A solução de assistência ambulatória da Vodafone Portugal é um exemplo concreto de como a IoT pode, efetivamente, contribuir para a promoção de cuidados de saúde. A sua utilização materializa o compromisso da Vodafone com a digitalização da economia e da sociedade com vista a alcançar um sistema mais justo e inclusivo, que melhor responda às necessidades da população, um propósito totalmente alinhado com os princípios que regem a modernização do SNS”, refere Paula Carioca, administradora da Vodafone Portugal com o pelouro da área empresarial. O programa de Hospitalização Domiciliária foi lançado a 4 de outubro de 2018 em Portugal, com quatro hospitais associados. Hoje, o número ascende a 27 e no primeiro trimestre de 2020 foram tratadas em casa 1200 pessoas. “Prosseguindo a este ritmo, e tendo em conta que, por ano, cerca de 10% da população portuguesa é internada, a médio/longo prazo metade deste número poderá fazer o seu internamento em casa”, explica Delfim Rodrigues, responsável Nacional pelo Programa de Hospitalização Domiciliária do Ministério da Saúde. No próximo dia 25 de junho, a Vodafone Portugal organiza um webinar sobre Hospitalização Domiciliária. Este debate, que pode ser assistido através do link , contará com a participação de especialistas de diferentes países, que partilharão a sua visão, experiências e perspetivas de futuro não só em Portugal, como em outros países europeus. |