A agência de cibersegurança de França aconselha as operadoras francesas a optar por não utilizar equipamentos da Huawei durante a adoção das redes 5G
O diretor da ANSSI, agência francesa de cibersegurança, explicou que não vai existir uma proibição total da utilização de equipamentos da Huawei na implementação da rede francesa de telecomunicações 5G, mas que pressionava as empresas de telecomunicações francesas a evitarem mudar para a tecnologia da empresa chinesa. Em entrevista ao jornal Les Echos, Guillaume Poupard referiu que “o que posso dizer é que não haverá uma proibição total”, mas “às operadoras que atualmente não utilizam a Huawei, estamos incentivando-as a não fazer” essa troca. Importa relembrar que o governo norte-americano instou os seus aliados a excluir a empresa chinesa das comunicações 5G, afirmando que a China poderia utilizar essas redes para espionagem. A Huawei negou as acusações. Segundo a Reuters, existiram fontes que, em março, explicaram que França não iria manter a Huawei fora da rede de próxima geração, mas que a escolha da fabricante chinesa trazia maiores riscos de vigilância uma vez que a rede processa informações confidenciais, como dados pessoais dos clientes. A decisão francesa é crucial para duas das quatro operadoras francesas, a Bouygues Telecom e a SFR, uma vez que metade da sua rede móvel é composta por tecnologia da Huawei. A Orange, controlada pelo estado, já tinha optado por tecnologia da Nokia e da Ericsson. Poupard disse que, a partir da próxima semana, as operadoras que não receberam uma autorização explícita para utilizar os equipamentos da Huawei na rede 5G podem considerar uma não resposta após o prazo legal como uma rejeição dos seus pedidos. |