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Tendências na mobilidade empresarial em 2022

Tendências na mobilidade empresarial em 2022

Foi lançado recentemente o Barómetro Automóvel de Mobilidade 2022 do Arval Mobility Observatory, estudo que este ano procurou analisar a opinião e experiência dos decisores de empresas nacionais e dos seus pares na Europa sobre a perspetiva e tendências na transformação de frotas automóveis e da mobilidade nas empresas pós- pandemia

O Arval Mobility Observatory, laboratório de market inteligence da Arval, lançou hoje o Barómetro Automóvel de Mobilidade 2022, estudo que este ano procurou analisar a opinião e experiência dos decisores de empresas nacionais e dos seus pares na Europa sobre a perspetiva e tendências na transformação de frotas automóveis e da mobilidade nas empresas pós- pandemia.

 

Forte resiliência nas frotas no período pós-covid

O estudo realizado pelo Arval Mobility Observatory revelou que 96% dos decisores de empresas portuguesas antecipam que a sua frota automóvel se manterá estável (71%) e até poderá aumentar (25%) nos próximos 3 anos, opinião que se encontra alinhada com a tendência europeia. Apenas 3% dos inquiridos têm uma perspetiva de contraciclo.

Esta tendência positiva mostra a capacidade de resiliência das frotas e da economia apesar de um contexto global incerto, após dois anos intensos dominados pela crise do Covid, e do surgimento de novos desafios, como a inflação e os constrangimentos com a cadeia de abastecimento (a Guerra da Ucrânia não tinha começado na altura deste inquérito em Portugal).

Este inquérito também mostrou que, de 25% de empresas que esperam o crescimento das suas frotas, 47% estão motivadas pelo crescimento do negócio e pelo desenvolvimento de novos modelos de negócio. A nível europeu, a mesma perspetiva é partilhada pelos decisores de 66% das empresas.

Por outro lado, 25% das empresas portuguesas já têm ou consideram uma mudança na sua política de mobilidade/frota, em resultado do desenvolvimento de modelos de trabalho híbrido, com a introdução do teletrabalho.

 

PMEs estão a usar mais o renting como financiamento das suas frotas do que no período pré- covid

A imagem atual sobre a forma como as PME estão a financiar as suas frotas automóveis revela que 47% destas empresas utiliza a compra direta (seja por fundos próprios ou outra forma de crédito não automóvel). O leasing financeiro é a escolha de 34% das empresas, seguido pelo renting (11%) e o crédito automóvel (9%).

Entre os quatro principais métodos de funcionamento, a procura pelo uso de renting cresceu em Portugal de 7% em 2020 (pré-Covid) para 11% em 2022 (pós-Covid) (+57%), com destaque neste segmento de empresas sobre as restantes opções.

O estudo demonstra também que 16% de quem compra viaturas nas PME procuram um processo de escolha e compra totalmente digital, sendo que 35% destas empresas revelam que preferem uma combinação de contacto pessoal e digital para a seleção e encomenda de um carro novo.

 

Empresas nacionais já estão alinhadas com a média europeia no uso de energias alternativas.

A experiência de utilização de tecnologias de combustíveis alternativas nas frotas de viaturas de passageiros nas empresas portuguesas tem vindo a crescer, já que 47% das empresas já utilizam, pelo menos, um veículo com tecnologia híbrida, plug-in híbrido ou 100% elétrico (VE), um dado que está em linha com a média na Europa.

Já em termos de viaturas 100 elétricas, a sua presença atual no parque automóvel a nível nacional encontra-se em 8% das empresas (contra uma média de 19% das empresas na Europa). Porém, nota-se um forte potencial de desenvolvimento quando se olha para a previsão para os próximos 3 anos (27% das empresas a usar ou a considerar fazê-lo, um crescimento de 238%).

A ainda escassa oferta de pontos de carregamento nos escritórios nas residências dos colaboradores e também da rede pública está no topo das principais barreiras à adoção de viaturas 100% elétricas. Também o preço de compra dos modelos elétricos é indicado como um constrangimento.

 

Empresas portuguesas estão a implementar soluções de mobilidade alternativa como complemento ao uso de viaturas

Em Portugal, como na generalidade dos países europeus, a grande maioria das empresas não quer abdicar das suas frotas automóveis para recorrer a soluções alternativas de mobilidade. Estas soluções são um complemento, mas não um substituto.

No entanto, 68% das empresas (vs. 65% na média europeia) diz já utilizar, pelo menos, uma solução de mobilidade alternativa em substituição da utilização do carro da empresa, existindo uma lista de soluções disponíveis, como a utilização de transportes públicos, o uso de viaturas partilhadas; o uso do serviço TVDE; a aplicação de um plafond de mobilidade; benefício a colaboradores que permite o acesso a viatura com dedução no vencimento; utilização de motos, bicicletas normais ou elétricas, bem como a utilização de aluguer de médio prazo.

Em Portugal, o automóvel particular é utilizado por 56% dos colaboradores nas deslocações casa-trabalho, percurso que é feito em transportes públicos por 28% das pessoas. Já 14% das pessoas utilizam a partilha de viaturas como forma de mobilidade no seu trajeto diário para o trabalho.

 

O uso de veículos conectados nas frotas nacionais supera a média na Europa

A percentagem de empresas portuguesas (40%) que já utiliza veículos conectados através da telemática para permitir a transmissão de dados de veículos em movimento está acima da média na Europa, (33%).

Verifica-se também que a utilização de veículos conectados tem um nível de penetração nas frotas empresariais transversal a todas as dimensões das empresas, sendo uma tecnologia mais procurada para frotas de viaturas comerciais.

Na opinião dos decisores nas frotas nacionais, as principais razões para a utilização de viaturas conectadas prendem-se com a melhoria da segurança e a facilidade de localização das viaturas (32%) mas também a redução dos encargos com a frota (23%). Estes elementos de decisão aproximam-se do racional da média na Europa (39% e 26%, respetivamente)

A utilização da telemática para melhorar a eficiência operacional é percebida como fator de decisão por apenas 17% das empresas em Portugal vs. 30% na Europa.

 

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