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Ambulâncias 5G permitirão atendimento médico remoto

Ambulâncias 5G permitirão atendimento médico remoto

O projeto britânico WM5G pretende demonstrar o potencial do 5G nos serviços de emergência, com uma ambulância equipada para que os próprios paramédicos possam realizar diagnóstico e triagem dos pacientes em qualquer lugar com a assistência remota de médicos no hospital

O WM5G, a primeira plataforma de teste regional do Reino Unido para acelerar a implantação do 5G, está a colaborar com a University Hospitals Birmingham NHS Foundation Trust (UHB) e a operadora BT para demonstrar o potencial do 5G para transformar a assistência médica e os serviços de emergência.

As organizações juntaram-se recentemente para realizar a primeira demonstração do Reino Unido de uma ecografia remotamente controlada através de uma rede 5G pública.

A demonstração vem no seguimento de uma decisão do governo para selecionar o contato de West Midlands como a primeira plataforma de teste 5G multi-cidade do Reino Unido. O WM5G foi criado pela West Midlands Combined Authority (WMCA) e pelo Department for Digital, Culture, Media & Sport para conceber a estratégia e promover os objetivos do Programa WM5G.

A demonstração foi organizada pelo Medical Devices Testing and Evaluation Centre (MD-TEC) no laboratório de simulação da UHB, localizado no Institute of Translational Medicine. A demonstração dá vida ao conceito de uma ambulância conectada via 5G e fornece novas tecnologias para que os profissionais da primeira linha possam fazer o diagnóstico e triagem dos pacientes em qualquer lugar com o apoio de médicos situados no hospital.

Este é um exemplo real de como o 5G suportará a transformação digital na prestação de serviços públicos e de como atividades que até agora só podiam ser realizadas em ambientes estáticos poder-se-ão tornar móveis, permitindo que a prestação de cuidados seja agilizada.

“No futuro, os nossos médicos poderão oferecer aconselhamento especializado holístico em tempo real, potencialmente formando equipas multidisciplinares virtuais para oferecer o melhor atendimento ao paciente”, disse Tim Jones, diretor de inovação da UHB. “A informação estaria acessível no momento necessário, garantindo a tomada de decisões informadas, o que levaria a uma melhor segurança do paciente, qualidade do atendimento e experiência do paciente/médico.”

 

A ambulância do futuro

A demonstração simula um paramédico no campo a fazer uma ecografia a um paciente, sob a orientação remota de um médico capaz de interpretar a imagem de ultra-som em tempo real.

O equipamento de ecografia é manipulado localmente pelo paramédico sob a direção remota do médico, que usa um joystick conectado via 5G a uma luva robótica, ou "háptica”, usada pelo paramédico.

A luva gera pequenas vibrações que direcionam a mão do paramédico para onde o médico quer que a sonda seja movida. Além disto, há uma camera na ambulância que transmite uma visão em alta definição do paciente e paramédico para um segundo ecrã localizado na estação de trabalho do médico. As velocidades super rápidas do 5G garantem a transmissão em tempo real de imagens mais nítidas e confiáveis para o clínico do que seria anteriormente possível.

 

 

Libertar recursos

Além de acelerar os diagnósticos dos pacientes, este projeto tem o potencial de reduzir o número de viagens de ambulância e de visitas às urgências, o que não só melhorará a experiência geral dos pacientes mas também libertará recursos e reduzirá a pressão sobre os serviços de emergência.

Diagnósticos mais rápidos poderão também ajudar na triagem de pacientes, garantindo resultados mais eficazes na prestação de cuidados e aumentando a eficiência geral do hospital

"Vimos hoje como o 5G tem o potencial de salvar vidas, mas o seu novo poder e tecnologia também podem ajudar a expandir as nossas indústrias de alta tecnologia, que criarão os empregos de amanhã", refere Andy Street, Mayor do condato de West Midlands e presidente do WMCA.

“O 5G será a espinha dorsal da nossa futura economia e sociedade, e os habitantes de West Midlands serão os primeiros a beneficiar disso”.

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