A Bosch está a prestar consultoria na gestão de tráfego de cidades europeias. A empresa indica que está empenhada em tornar a mobilidade livre de emissões
Em todo o mundo, as populações continuam a migrar das áreas rurais para as cidades. Em 2050, haverá mais de seis mil milhões de pessoas a viver em megacidades, o dobro de hoje. No mesmo período, o volume de tráfego urbano deverá aumentar, para o qual também contribui o contínuo crescimento do comércio online. Mais população e mais tráfego significam uma maior deterioração da qualidade do ar. Por todo o mundo, as cidades enfrentam um desafio: proporcionar mobilidade a pessoas e bens e, ao mesmo tempo, melhorar a qualidade do ar que respiramos. "O ar limpo diz respeito a todos nós", afirma Volkmar Denner, presidente do conselho de administração da Robert Bosch GmbH. "Na Bosch, reconhecemos a nossa responsabilidade global pela ação climática, mas valorizamos de igual forma a nossa responsabilidade local pelo combate à poluição do ar. E para isso, precisamos de mais tecnologia. Com a tecnologia 'Invented for life', 'podemos ajudar as cidades e tornar o mundo um lugar melhor”. Os avanços tecnológicos e as mudanças nas políticas melhoraram de forma significativa a qualidade do ar, especialmente na Europa e nos Estados Unidos. A má qualidade do ar não é causada apenas pelas emissões dos veículos. Indústria, agricultura e setor da energia são outras fontes de poluição. A composição do ar varia de um local para outro - assim como os níveis de poluentes no ar, como micropartículas de materiais provenientes das atividades industriais, ozono, dióxido de enxofre e óxidos de nitrogénio. Outros fatores que afetam a qualidade do ar são desencadeados por oscilações de temperatura, condições de vento e radiação solar. Por exemplo, a luz do sol aumenta a concentração de ozono, que por sua vez pode reagir com o monóxido de nitrogénio para formar dióxido de nitrogénio (NO2). Para compreender melhor estes processos e recolher mais dados sobre os poluentes atmosféricos em vários locais nas áreas urbanas, a Bosch desenvolveu um sistema para medir a poluição. Instalada num dispositivo compacto, esta tecnologia está a ser testada na área metropolitana de Estugarda, em Paris e em Marselha. Este sistema atua em tempo real, em toda a cidade e funciona como base para uma gestão do tráfego mais eficiente. A Bosch está a usar a sua experiência para tornar os carros aptos para o futuro. Isto envolve uma estratégia bidirecional: avançar no desenvolvimento da eletromobilidade e implementar maior eficiência nos motores de combustão interna. O objetivo é projetar um motor de combustão interna que não contribua para a poluição do ar nas cidades. Com o desenvolvimento de novas tecnologias para veículos a diesel, a Bosch deu um passo nesta direção. Esta tecnologia, que já está a ser implementada em veículos de produção, tem como principal objetivo reduzir o nível de emissões. Por outras palavras, os óxidos de nitrogénio deixarão de ser uma preocupação. Graças à introdução do filtro de partículas, esta é já uma realidade em grande parte dos veículos vendidos. Ainda assim, a Bosch está a trabalhar para que esta passe a ser também uma realidade nos motores a gasolina: a modificação nos motores e o tratamento eficiente dos gases de escape podem reduzir as emissões de partículas até 70% abaixo do padrão Euro 6d temp. Na Europa, a Bosch já não realiza qualquer trabalho de desenvolvimento em motores de gasolina, sem que os mesmos estejam equipados com filtro de partículas. Ao mesmo tempo, a empresa procura minimizar as emissões de partículas produzidas pelos sistemas de travagem. Os trabalhos de desenvolvimento incluem o iDisc, que gera apenas 10% de partículas comparativamente aos discos convencionais, e o sistema de travagem regenerativo, que pode estar acima de 95% em veículos elétricos. |