O novo whitepaper da ABI Research, “5 Ways Smart Cities Are Getting Smarter”, realça a necessidade de abordar as iniciativas smart city de forma holística, detalhando cinco tecnologias estratégicas para alcançar verdadeira inteligência urbana
No seu novo whitepaper, a ABI Research destaca que, embora os investimentos em tecnologias Smart City devam alcançar mais de 61 mil milhões de dólares em todo o mundo até 2026, a maioria dos gastos será para melhorias “incrementais”, não mudanças holísticas. “É errado pensar que a simples adição de uma camada superficial da tecnologia IoTa ambientes urbanos legacy permitirá que as cidades lidem com os desafios urbanos do futuro, desde o fornecimento de energia sustentável até à adoção de mobilidade inteligente e a construção de cidades resilientes”, alerta Dominique Bonte, Vice-Presidente da ABI Research. À medida que as cidades se preparam para enfrentar novas ameaças, como ciberataques e mudanças climáticas, Bonte refere que devem ter em mente que essa "nova realidade" requer novas abordagens, aproveitando uma gama de novas tecnologias para criar verdadeiras mudanças de estratégia.
1) Modelos em tempo real A ABI acredita que a primeira mudança de estratégia no horizonte será a construção de modelos em tempo real de cidades inteiras, com recurso a digital twins e design automatizado de ambientes urbanos.
2) Cidades seguras e resilientes É aqui que os paradigmas e tecnologias de próxima geração podem ser aplicados. As cidades precisam de estar preparadas para situações de emergência em termos de procedimentos de evacuação e resposta. Para tornar as cidades totalmente resilientes, é vital poder prever (com a ajuda de IA avançada e deep learning) e, sempre que possível, evitar desastres.
3) Cidades sustentáveis com economia circular Isto envolve eliminar completamente a “pegada fora da cidade”, alcançando altos níveis de auto-apoio e autosuficiência em áreas como a geração de energia. Compartilhar, reciclar, reparar, renovar e reaproveitar materiais, bens e recursos naturais são os princípios orientadores das economias circulares, e isso representa o “objetivo final” para as cidades inteligentes, garantiu Bonte.
4) Micro-mobilidade ou Mobilidade 2.0 As cidades estão a adotar a micro-mobilidade elétrica para reduzir o congestionamento e fornecer uma mobilidade mais limpa para combater a poluição do ar. “Embora os esquemas de bile-sharing não-elétrico com pontos de estacionamento nunca tenham ganho adoção, estamos a verificar em todo o mundo uma adesão em massa ao bike-sahring elétrico livre e, em menor grau, a partilha de motas elétricas”, refere Bonte. “Estes esquemas oferecem um nível muito mais alto de conveniência devido à sua disponibilidade onipresente e condução elétrica”.
5) Smart Spaces A última mudança estratégica é repensar o ambiente urbano construído através de espaços inteligentes. Muitas das mudanças discutidas estão a ter impacto na forma como o espaço público é utilizado. O exemplo mais óbvio é o desmantelamento e o reaproveitamento de espaços e edifícios de estacionamentos em cidades que desfrutam de altos níveis de adoção de carsharing. Atender a novas formas de mobilidade, estradas modulares e estradas e calçadas geradoras de energia são apenas algumas das possibilidades consideradas. A expansão e o gestão ativa de espaços verdes também estão no topo da agenda dos designers urbanos. “São necessárias abordagens mais ousadas, holísticas, circulares e transversais para otimizar e maximizar o potencial dos recursos e serviços disponíveis”, concluiu Bonte. "Isso só pode ser feito através de uma gama de tecnologias muito avançadas, incluindo digital twins, IA e automação, software de demand-response, plataformas de edge/cloud e design gerador automático”. |