Segundo o segundo Smart City Index da consultora Roland Berger – liderado por Viena, Londres e Singapura – 90% das cidades não têm uma estratégia smart city integrada, fator que considera vital para o sucesso das iniciativas implementadas.
O estudo revelou que o número de cidades com uma estratégia smart city clara quase que publicou desde o ano passado – de 87 para 153. Contudo, estas representam no total apenas 10% das cidades a nível mundial. E a estratégia é apenas o começo: de acordo com a consultora, o que verdadeiramente conta é a implementação. Em todo o mundo e independentemente do seu tamanho, as cidades estão a ser confrontadas com problemas de sobrepopulação, congestão de tráfego e poluição do ar. A melhor aposta para dar resposta a estes desafios está na transformação digital, integrando tecnologias numa estratégia smart city. Segundo a Roland Berger, os centros urbanos precisam de encarar estas tecnologias de forma integrada, interligando ações individuais numa estratégia smart city estruturada. É vital, acrescenta, que as cidades tenham entidades centralizadas de tomada de decisões. Londres, por exemplo, tem o posto de Chief Digital Officer, e Viena tem a sua Smart City Agency. Desta forma, os municípios podem mobilizar especialização técnica para gerir projetos centralmente, bem como coordenar conflitos de interesse entre a cidade, governo e os fornecedores de serviços e soluções. Esta coordenação das partes envolvidas é outro fator de sucesso para uma boa estratégia de smart city, juntamente com uma framework legal transparente que permita salvaguardar a segurança dos dados tratados. Viena ficou em primeiro lugar pelo segundo ano consecutivo, graças à sua estratégia integrada de framework e soluções inovadoras nas áreas de mobilidade, sustentabilidade, saúde, administração bem como ao sistema que monitoriza o progresso de cada projeto individual. Viena é também a primeira cidade num país de lingua alemã a oferecer dados públicos abertos. Por seu lado, Londres está a equipar candeeiros de iluminação pública e bancos com funções de wifi, monitorização da qualidade do ar, e postos de carregamento de veículos elétricos. Singapura, em terceiro lugar, tem no ativo um projeto pilote de Identidade Digital Nacional sob a forma de um sistema de autenticaçãp denominado SingPass, e está também a instalar soluções de telemedicina e veículos autónomos de transportes públicos.
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