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Lisboa é a cidade mais congestionada da Península Ibérica

Lisboa é a cidade mais congestionada da Península Ibérica

Esta foi a conclusão do mais recente relatório TomTom Traffic Index, pondo a capita portuguesa acima de até as maiores cidades espanholas como Madrid e Barcelona pelo terceiro ano consecutivo

A TomTom divulgou os resultados do TomTom Traffic Index 2019, o relatório anual que analisa o congestionamento de trânsito em 403 cidades de 56 países, em 6 continentes. A marcar a sua oitava edição, o TomTom Traffic Index baseia-se nas mesmas estatísticas de sempre, mas com uma quantidade de dados muito superior, que fornece ainda mais informações relativas ao congestionamento nos centros urbanos e oferece ideias que contribuem para aliviar o trânsito.

O estudo diz respeito aos dados de 2018, no entanto, este ano, a TomTom lançou um website com acesso livre a dados de trânsito em direto, que ajuda condutores e parceiros a criar um mundo mais seguro, limpo e livre de congestionamentos.

De acordo com os resultados deste estudo internacional, Lisboa é, pela terceira vez consecutiva, a cidade mais congestionada da Península Ibérica, acima de grandes cidades espanholas como Madrid ou Barcelona. 

De acordo com o estudo, que tem como objetivo identificar problemas associados ao trânsito e analisar as suas causas, Lisboa caiu 15 lugares no ranking, ocupando agora a 77º posição. Isto significa que os condutores da capital passam em média 32% de tempo adicional presos em filas de trânsito. Esta percentagem, que se manteve estável em relação ao ano anterior, indica que os lisboetas perdem cerca de 42 minutos por dia no trânsito, o que, no final de um ano, representa perto de 160 horas de tempo gasto em deslocações.

O Porto, pelo contrário, viu o seu índice de tráfego aumentado, tendo subido 4 lugares no ranking e ocupando a posição 121. Ainda assim, apresenta um nível abaixo de Lisboa (28%), embora tenha aumentado um ponto percentual face a 2017. Na invicta, os condutores perdem 38 minutos no trânsito, somando um total de cerca 145 horas anuais. 

 O final do dia (entre as 18h e as 19h) acarreta os principais problemas de congestionamento de trânsito, sobretudo no final da semana, tanto em Lisboa como no Porto. Analisando os níveis de tráfego nas autoestradas, estes situam-se nos 23% em Lisboa e 19% no Porto. Já fora das vias rápidas, o congestionamento aumenta para 33% tanto em Lisboa, como no Porto.

O TomTom Traffic Index englobou também as cidades do Funchal (16%, 336ª posição), Braga (16%, 342ª posição) e Coimbra (14%, 371ª posição). De acordo com o relatório da TomTom, no Funchal e em Braga, os condutores passam uma média de 21 minutos por dia no trânsito, e em Coimbra, 16 minutos. Tal como acontece em Lisboa e no Porto, o período de maior congestionamento é ao final do dia, sobretudo às sextas-feiras.

A nível global, Bombaim lidera o pódio em 2019, com os condutores da cidade indiana a passarem 65% de tempo adicional no trânsito. Segue-se a capital da Colomba, Bogotá (63%), Lima, no Perú (58%), Nova Deli, também na Índia (58%) e a capital Russa, Moscovo (56%), encerrando o top cinco das cidades mais congestionadas do mundo.

Com Moscovo a liderar a lista europeia, Istambul (53%) alcança um sólido segundo lugar com Bucareste (48%), São Petersburgo (47%) e Kiev (46%) a fechar os primeiros 5 lugares. As cidades de Bruxelas (37%), Londres (37%) e Paris (36) ocupam a 11º, 12º e 13º posição, respetivamente.

Já na América do Norte, as cinco cidades mais congestionadas são Cidade do México (52%), Los Angeles (41%), Vancouver (38%), Nova Iorque (36%) e São Francisco (34%). 

O congestionamento do tráfego aumentou globalmente durante a última década, e quase 75% das cidades incluídas no relatório do novo TomTom Traffic Index apresentaram níveis de congestionamento superiores ou estáveis entre 2017 e 2018, com apenas 90 cidades a registar reduções significativas.

“Globalmente, o congestionamento do tráfego está a aumentar. E isso tem tanto de positivo como de negativo. Positivo porque é sinal de uma economia global forte, mas mostra-nos que os condutores perdem tempo sentados no trânsito, já para não falar do enorme impacto ambiental”, comenta Ralf-Peter Schaefer, vice-presidente de informações de trânsito da TomTom. "Na TomTom, trabalhamos para um futuro em que os veículos sejam elétricos, partilhados e autónomos, para um mundo livre de congestionamentos e emissões. Temos a tecnologia para fazer esse futuro acontecer - mas é preciso um esforço conjunto. Desde autoridades governamentais, fabricantes de automóveis e condutores de automóveis, todos temos um papel a desempenhar.”

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