Torres Vedras reúne-se para a ação climática

Tendo contado com a participação de 53 elementos deste órgão, a reunião iniciou-se com uma intervenção da presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Laura Rodrigues, que referiu o facto de a mesma se realizar no Dia Nacional da Sustentabilidade, uma data que, segundo as suas palavras, nos lembra da urgência de agir e da responsabilidade coletiva em prol de um desenvolvimento sustentável que respeite as necessidades das gerações futuras.

Posteriormente, na reunião, usou da palavra a chefe da Divisão de Ambiente e Sustentabilidade da Câmara Municipal de Torres Vedras, Margarida Frade, que efetuou um ponto de situação relativamente ao Plano Municipal de Ação Climática de Torres Vedras, tendo feito menção aos principais projetos do mesmo que estão em curso, ocasião em que também referiu candidaturas aprovadas e a iniciar relacionadas com esse plano e os respetivos temas. A este propósito, é de recordar que o Plano Municipal de Ação Climática de Torres Vedras é um documento cuja elaboração decorre de uma obrigatoriedade estipulada pela Lei de Bases do Clima, sendo que o mesmo define um vasto conjunto de medidas e ações concretas para promover a descarbonização e a adaptação aos desafios climáticos no território do concelho de Torres Vedras.

A terceira intervenção na recente reunião do Conselho Municipal de Ação Climática de Torres Vedras esteve a cargo do responsável da Unidade de Sustentabilidade e Ação Climática da Câmara Municipal de Torres Vedras, André Alves, que efetuou também um ponto de situação, mais concretamente sobre a Plataforma de Ação Climática de Torres Vedras. É de relembrar que este projeto, que é financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, resulta de uma candidatura apresentada a um concurso promovido por esta fundação, e visa levar a sociedade civil a formular propostas de atividades ou projetos que complementem a atuação do Município de Torres Vedras relacionada com a resposta às alterações climáticas. O regulamento da Plataforma de Ação Climática de Torres Vedras já está elaborado, prevendo-se para breve o início do período de apresentação de propostas no âmbito do projeto.

Após a intervenção de André Alves usou da palavra Francisco Teixeira (da empresa Get2C) que na ocasião apresentou a “Viagem pelo Clima”, bem como a aplicação de cálculo de pegada de carbono utilizada nesse projeto. Refira-se que a “Viagem pelo Clima” é uma competição que percorreu várias localidades de Portugal, entre as quais Torres Vedras, no âmbito da qual três equipas efetuaram um percurso da forma mais sustentável possível, sendo que no decorrer do mesmo foi utilizada a mencionada aplicação, uma calculadora que pode ser usada de forma individual ou por empresas e estará disponível brevemente nas plataformas do Município de Torres Vedras, auxiliando na perceção diária das ações que se podem realizar para a minimização dos impactes ambientais.

O Pacto de Ação Climática de Torres Vedras foi outro dos assuntos abordados na terceira reunião do Conselho Municipal de Ação Climática de Torres Vedras, neste caso pela técnica da Câmara Municipal de Torres Vedras, Carla Ribeiro. Na anterior reunião deste conselho tinha sido, recorde-se, desenvolvido trabalho que permitiu facultar contributos para a elaboração do referido pacto, o qual representa um compromisso conjunto para enfrentar ao nível do concelho de Torres Vedras os desafios das alterações climáticas de forma eficaz e coordenada. Carla Ribeiro apresentou de forma resumida o conteúdo do documento e indicou onde o mesmo está disponível e como pode ser subscrito.

A encerrar a recente reunião do Conselho Municipal de Ação Climática de Torres Vedras usou da palavra a vereadora do Ambiente e Sustentabilidade da Câmara Municipal de Torres Vedras, Dulcineia Ramos, que apelou à subscrição do Pacto de Ação Climática de Torres Vedras, bem como à participação no projeto Plataforma de Ação Climática de Torres Vedras, tendo ainda chamado a atenção aos presentes para fomentarem a tomada de consciência sobre os impactes das alterações climáticas dentro das suas organizações e junto dos atores que integram a(s) cadeia(s) de valor em que as mesmas se inserem.

A próxima reunião do Conselho Municipal de Ação Climática de Torres Vedras deverá realizar-se dentro de cerca de seis meses.